Lula vai começar do zero análise de listas tríplices para tribunais e reforça poder de Lewandowski

Interlocutores palacianos afirmam que listas negociadas com o ex-titular da Justiça, Flávio Dino, serão reavaliadas por respeito ao novo ministro; há 11 vagas em tribunais superiores e federais a serem preenchidas este ano

Por Roseann Kennedy e Weslley Galzo

Com a posse do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vai recomeçar do zero a análise das listas formuladas na disputa pelas vagas nos tribunais superiores e federais a serem preenchidas neste ano. Segundo interlocutores palacianos, o petista avisou que garantirá prestígio ao novo titular da pasta nas negociações. Anteriormente, Flávio Dino havia avançado em várias conversas, mas agora os candidatos precisarão iniciar mais um beija-mão.

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Lula terá de indicar ao menos 11 nomes em 2024. As vagas disponíveis estão concentradas em seis Cortes diferentes. Lula deverá escolher dois candidatos para o Superior Tribunal de Justiça (STJ), um para o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e um para o Superior Tribunal Militar (STM). As outras setes vagas serão preenchidas em Tribunais Regionais Federais, os TRFs.

Cada um dos tribunais formula listas tríplices para serem analisadas pelo presidente. Os nomes já definidos pelas Corte não poderão ser alterados, o que pode mudar é o parecer feito pelo ministro da Justiça. Nos bastidores o recado é o seguinte: mesmo quem se considerava favorito vai ter que voltar a fazer campanha

Além de Lewandowski ,o diálogo para avanço das listas de candidatos envolve os ministros Rui Costa (Casa Civil), Alexandre Padilha (Relações Institucionais) e Jorge Messias (Advocacia Geral da União). Como mostrou a Coluna do Estadão, Lewandowski por sua vez acatou a indicação do PT e escolheu o advogado Jean Uema para comandar a Secretaria Nacional de Justiça. Na prática, ele ampliou a influência da sigla. O secretário nacional de Justiça é responsável pela triagem de indicações ao Poder Judiciário que posteriormente chegam à mesa do presidente.


Fonte: Estadão

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