Fórum Econômico Mundial retoma encontro em Davos sob sombra de guerra e inflação e Brasil apático

Escalada de preços, Ucrânia, crise ambiental e pós-pandemia concentram debates após hiato de dois anos e quatro meses
O Fórum Econômico Mundial inicia seu encontro anual nesta segunda-feira (23) em Davos com a missão de reconectar autoridades, executivos e lideranças do terceiro setor pelo mundo sob a sombra da Guerra da Ucrânia, de uma crise inflacionária global e dos temores de desaceleração chinesa após um hiato de dois anos e quatro meses provocado pela pandemia.

Pelas ruas do balneário alpino suíço, desta vez sem o charme da neve que costuma recobri-lo em janeiro, mês tradicional dos encontros, passarão menos chefes de Estado e governo do que de costume: 32, do alemão (e estreante) Olaf Schölz ao ruandês Paul Kagame, e apenas dois latino-americanos desta vez, o colombiano Iván Duque, prestes a deixar o cargo, e o costa-riquenho Rodrigo Chaves, que acaba de tomar posse.

O Brasil será representado pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, este último sem compromissos públicos relacionados ao Fórum.

O Fórum Econômico Mundial inicia seu encontro anual nesta segunda-feira (23) em Davos com a missão de reconectar autoridades, executivos e lideranças do terceiro setor pelo mundo sob a sombra da Guerra da Ucrânia, de uma crise inflacionária global e dos temores de desaceleração chinesa após um hiato de dois anos e quatro meses provocado pela pandemia.

Pelas ruas do balneário alpino suíço, desta vez sem o charme da neve que costuma recobri-lo em janeiro, mês tradicional dos encontros, passarão menos chefes de Estado e governo do que de costume: 32, do alemão (e estreante) Olaf Schölz ao ruandês Paul Kagame, e apenas dois latino-americanos desta vez, o colombiano Iván Duque, prestes a deixar o cargo, e o costa-riquenho Rodrigo Chaves, que acaba de tomar posse.

O Brasil será representado pelos ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Saúde, Marcelo Queiroga, este último sem compromissos públicos relacionados ao Fórum.

olodimir Zelenski, aliás, será o primeiro chefe de Estado a fazer um pronunciamento no evento deste ano, status máximo. Embora o Fórum indique a participação presencial de Zelenski, ele deve discursar por telão aos participantes na manhã desta segunda (6h15 no horário do Brasil, com transmissão ao vivo no site do evento).

Parlamentares e políticos regionais ucranianos também participarão dos painéis com status de protagonistas em um ano em que nomes pop ficaram de fora.

Além da guerra —discutida sem Putin— e da difícil equação econômica global —debatida sem o chinês Xi Jinping e o americano Joe Biden—, estarão no centro das mais de 400 sessões espalhadas por quatro dias a crise climática e o processo de cicatrização global da pandemia de coronavírus, ainda um risco à espreita sobretudo pela possibilidade de novos lockdown na China.

Com pouco a mostrar nessas duas frentes, o Brasil deve aparecer como vidraça no primeiro caso e ser uma não voz no segundo.

Debates e apresentações sobre a Amazônia, por exemplo, até a última hora aconteceriam sem a participação de autoridades brasileiras —Montezano foi incluído a poucos dias do evento—, e outras discussões sobre ambiente passarão ao largo do governo brasileiro, como a encabeçada pelo representante americano para o clima, John Kerry, na terça (24), e o debate sobre o cada vez mais estratégico mercado de crédito de carbono, nesta segunda (23).

É algo que seria impensável no passado recente, quando o Brasil, hoje pária, era visto como um líder para as ações na área.


Fonte: Folha de São Paulo

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