Pacheco diz que Fazenda aceitou propostas do Senado para compensar desoneração da folha

Entre as propostas estão a repatriação de recursos no exterior, a atualização de ativos no Imposto de Renda e um ‘refis’ de multas de agências reguladoras

BRASÍLIA – O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), disse, nesta terça-feira, 25, que o Ministério da Fazenda já acenou positivamente em aceitar algumas das propostas sugeridas pelo Senado como fontes de compensação para a desoneração da folha de pagamentos de 17 setores e de prefeituras pequenas e médias.

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Entre as propostas citadas por Pacheco que serão usadas para compensar a renúncia fiscal da desoneração estão a repatriação de recursos no exterior, a atualização de ativos no Imposto de Renda e um “refis” de multas de agências reguladoras. Também deve ser incluída a taxação de importações de até US$ 50, afirmou Pacheco.

“O Ministério da Fazenda já concorda que devemos usar essas propostas como fontes de compensação”, afirmou Pacheco.

“Agora é a forma de fazer, se faz pelo projeto da desoneração, relatado pelo senador Jaques Wagner, ou se por medida provisória. Neste momento, está se discutindo a forma e alguns pontos do conteúdo, mas já há concordância do Ministério da Fazenda de que são todos projetos que são bons para o País e que serão feitos”, completou.

O presidente do Senado disse haver uma “perspectiva concreta” de que esse projeto seja votado no plenário do Senado antes do fim do recesso, assim como a proposta de renegociação das dívidas dos Estados.

Pacheco rebateu, ainda, a tese de que as medidas compensatórias para a desoneração precisem ser “perenes”, ou seja, válidas não somente por um ano, mas por um período maior — defendida publicamente pelo ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais). Já acordamos que, a partir de 2025, haverá reoneração até 2027. Há um valor definido. Se a arrecadação desses programas cobrir esses quatro anos, está resolvido o problema da desoneração. Não precisa de uma receita recorrente porque não será mais uma receita recorrente”, defendeu.


Fonte: Estadão

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