25% das micro e pequenas indústrias têm dívidas junto à Receita Federal, diz pesquisa

Levantamento Simpi/Datafolha mostra que 47% consideram pouco favoráveis as condições oferecidas para o pagamento

São Paulo

Pesquisa Simpi/Datafolha mostra que 25% das micro e pequenas indústrias têm dívidas junto à Receita Federal, que 47% consideram pouco favoráveis as condições oferecidas para o pagamento de dívidas tributárias, mas que 86% pretendem aderir aos programas de regularização do fisco.

“Os dados refletem a necessidade de uma política tributária mais simplificada e acessível para as micro e pequenas indústrias, especialmente nas regiões menos favorecidas”, afirma Joseph Couri, presidente do Simpi (Sindicato da Micro e Pequena Indústria do Estado de São Paulo).

O levantamento mostra também que a maioria está pouco informada (42%) ou não ouviu falar (20%%) sobre a reforma tributária promulgada no ano passado e que somente 8% se declaram bem informadas.

A maioria avalia que a reforma não irá nem beneficiar nem prejudicar o próprio negócio (36%) —20% não souberam opinar sobre o assunto e 19% dizem que será positiva.

A pesquisa foi realizada por telefone, mediante aplicação de questionário, de 15 a 30 de janeiro, com 726 micro e pequenas indústrias em todo o país. A pesquisa tem margem de erro de 4 pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%.

Em uma escala de 0 a 200 pontos, o Índice de Satisfação das MPI’s oscilou de 126 para 127 pontos, puxado pela oscilação positiva no faturamento das microindústrias ante o bimestre anterior.

Cresceram as perspectivas otimistas em relação à situação da empresa. Pouco mais da metade (52%) acredita que os indicadores serão melhores nos próximos meses, antes 45% no bimestre anterior.

A inadimplência voltou aos menores índices da série, caindo cinco pontos percentuais em relação ao bimestre anterior, de 34% para 29%.

A pesquisa também avaliou a percepção das empresas sobre o acesso ao crédito: 68% afirmam preencher os requisitos para ter acesso aos serviços do Cartão BNDES. Ainda segundo a pesquisa, 78% dos dirigentes avaliam que a queda na taxa Selic está sendo mais lenta do que deveria. Para 18%, a redução vem sendo feita em ritmo adequado.


Fonte: Folha de São Paulo

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