Decisão do Cade sobre venda da Oi Móvel preserva interesse do negócio, diz TIM
Na aquisição da rede móvel da operadora, caberá à TIM o maior desembolso, R$ 7,3 bilhões
Circe Bonatelli, O Estado de S.Paulo
Os termos da aprovação da venda da Oi Móvel em julgamento hoje do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) foram considerados positivos pela TIM. A operadora publicou uma nota afirmando que \”a decisão de aprovação preserva o interesse do negócio e da sociedade\”, bem como garante \”a manutenção do ecossistema de competição e investimentos necessários para o desenvolvimento\” do setor, segundo palavras atribuídas ao CEO, Alberto Griselli.
A declaração indica que a compra da rede móvel da Oi permaneceu atraente, em termos financeiros, a despeito do aumento das condicionantes definidas pelo Cade nas últimas reuniões. Griselli disse ainda, em nota, que a TIM está preparada para assumir a maior parte dos ativos móveis da Oi, em caráter definitivo, após mais de um ano de espera para o julgamento pelo órgão antitruste.
A venda da Oi Móvel ocorreu por meio de leilão realizado em dezembro de 2020, quando TIM, Vivo e Claro saíram vencedoras com um lance de R$ 16,5 bilhões. Caberá à TIM o maior desembolso pela compra da Oi Móvel. Ela pagará R$ 7,3 bilhões (44% do total).
Além da maior parte dos clientes, a TIM é a empresa que receberá a maior parte das radiofrequências da Oi Móvel. \”A retomada de eficiência e produtividade desses ativos móveis, combinada com a chegada da tecnologia 5G, vai permitir a aceleração tecnológica de um setor estratégico para a economia, com efeitos benéficos pelas próximas décadas\”, completou Griselli.
Sem citar nomes, o comunicado referiu-se ainda ao fato de que o dinheiro da venda das redes móveis ajudará a Oi a investir na expansão das suas redes de fibra ótica – a maior do tipo no Brasil.
\”A solução encontrada pelas autoridades traz um ganho adicional de alta relevância, ao permitir que progrida a instalação de uma rede neutra nacional de fibra, infraestrutura decisiva para o desenvolvimento do setor e do país\”, descreve a nota.
Fonte: Estadão